Crianças e seu relacionamento com a água

Piscina e natação - Recomendações

São inúmeras as controvérsias em relação ao uso de piscina e aulas de natação para crianças; a idade de início, o tipo de piscina, as doenças infecciosas, segurança, entre outras.

A maioria dos acidentes ocorre na piscina da própria casa. Até os 5 anos de idade nenhuma criança pode ser considerada autossuficiente na piscina. Mesmo que a criança saiba nadar perfeitamente, que faça aulas de natação desde muito cedo. Nesta faixa etária, no caso de uma queda na água de forma súbita e acidental, a criança pode afogar-se. Ocorre o "espasmo de glote", um edema súbito das vias aéreas que impede a respiração. 

Sempre haver um adulto que saiba nadar supervisionando a criança na piscina. O adulto deve estar próximo da criança; as boias de braço ("flotes") não servem de proteção contra acidentes, são úteis para a criança ficar dentro da piscina, supervisionada.

As piscinas devem ter proteção, obrigatoriamente, quando estão fora de uso. O ideal são grades (fixas ou móveis) com no mínimo 120 cm de altura. Redes de proteção (que ficam na superfície da água), mesmo bem fixas, não servem como proteção para crianças abaixo dos 2 anos de idade. As coberturas térmicas (plástico bolha) também não são consideradas seguras. Não deixe objetos (boias, bolas, flutuantes em geral) quando não estiver utilizando a piscina. São convites para as crianças, que acidentam-se tentando pegá-los.

As aulas de natação, geralmente em escolas e academias especializadas, são permitidas para crianças a partir dos 6 meses de idade (no Brasil). Nesta idade a criança já tem bastante prazer no contato com a água.

A criança, mesmo que faça natação desde os 6 meses de idade e saiba nadar perfeitamente NÃO PODE SER DEIXADA sem supervisão na piscina até cerca de 5 anos de idade. A criança familiarizada com piscina tem percentualmente mais chance de acidentes (por ter menos "medo" da piscina).

As piscinas de natação em academias devem preferencialmente não ser tratadas com CLORO.

As opções modernas, como a salinização e ozonização são melhores.


Afogamento e Quase - Afogamento

Chama-se de afogamento a morte por sufocação na água e quase-afogamento a sobrevivência após sufocação na água. Síndrome de imersão é o nome dado à morte instantânea após imersão em água muito gelada.

O afogamento é a segunda causa de morte acidental mais comum em crianças nos Estados Unidos. A idade mais susceptível ao afogamento são as crianças abaixo dos 5 anos e os adolescentes. Cerca de 40% das mortes por afogamento ocorrem nas crianças aprendendo a nandar ou em acidentes em banheiras ou piscinas.

Portanto, o mais importante quando se fala em afogamento é a prevenção. Mas, o que deve ser feito quando nos deparamos com um quase-afogamento? A criança (ou adulto) deve ser retirado da água o mais rápido possível. Nunca tentar qualquer reanimação dentro da água. Devem ser tomadas precauções em relação coluna cervical da vítima quando houver suspeita de traumatismo, principalmente em acidentes em lagos, lagoas ou rios, bem como no mar. O socorro deve ser prontamente chamado. As roupas molhadas devem ser retiradas. Caso seja possível e indicado, deve-se iniciar a reanimação pela pessoa mais experiente que estiver próxima: respiração boca a boca e massagem cardíaca, se a vítima estiver em 'parada cardíaca'. Nestes casos nunca se deve tentar as manobras de 'drenagem postural', ou seja, tentar esvaziar os pulmões cheios de água, porque isso atrasa o início das manobras de reanimação.

Com a chegada do socorro médico, outras condutas vão sendo tomadas: monitorização cardíaca com aparelhos, intubação, acesso venoso, imobilizações, quando necessário. Todas as vítimas de quase afogamento devem ser levadas ao hospital, independente de suas condições clínicas após a estabilização inicial.

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